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[Parte 1]
[Parte 2]
*Teve que ter parte excluída para obter liberação para visualização pública.
Há quem diga que o cinema hollywoodiano é casto. Penso que isso possa ser verdadeiro, mas não se o assunto for Brooke Shields.
Aos 9 anos de idade, a menina bonita teve seu rosto performático visto em um anúncio da Vogue em 1975
e por conta disso sua mãe foi procurada para permitir que a modelo e atriz atuasse em um filme de terror, “Alice, sweet Alice” lançado em 1976. Filme que rendeu muitas polêmicas devido ao seu roteiro, mas, não impactou Brooke Shields sexualmente.
Porém, foi o trampolim para o que veio depois no cinema para a atriz-mirim. Viveu ela em “Pretty Baby”, de 1978, uma garotinha que morava em um bordel administrado pela mãe. Além de conviver exarcebadamente com cenas de nudez e sensualidade, Violet, o papel vivido por Shields, se tornou uma prostituta infantil por decisão de sua mãe, que sorteou na casa aos clientes sua virgindade. Aos 12 anos de idade, Brooke Shields aparece no filme em cenas de nudez total, com visão parcial de algumas partes do corpo.
Mais alguns filmes, três só em 1979, e trabalhos fotográficos, que descreveram uma atividade laboral infantil que no Brasil de hoje seria abominável, até que aos 14 anos de idade Shields se tornou a mais jovem modelo a aparecer na capa da Vogue.
Desta vez, sua imagem foi vista pelo estilista Calvin Klein.
Shields organizava sua festa de debutante que estaria cheia de estrelas, entre elas o grande astro brasileiro do futebol até então Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.
Pelé já era super-star pop. Recorrendo ao texto da página 201 do livro “Os meninos da Rua Albatroz”:
O livro ainda conta que um jornalista, De Vaney, publicou um livro que foi retirado das prateleiras, na qual ele acusou o rei do futebol de produto de marketing.
Em 1977, pelé apertou a mão do rei do rock Elvis Presley,
foi fotografado por Andy Warhol, que teria dito “em vez de 15 minutos de fama, ele terá 15 séculos”,
e virou personagem de revista em quadrinhos da Maurício de Sousa Produções.
Teve sua imagem impressa nas pilhas Ray-o-vac em função da Copa de 1978 na Argentina.
E a sociedade médica questionava o uso de garotos-propaganda tão persuasivos em propagandas de remédios, como a que Pelé fez para o Vitasay.
Neste momento de Pelé, De Vaney ganhava razão.
Em 1980, em uma polêmica propaganda da Calvin Klein para a televisão protagonizada pela modelo, Brooke Shields, aos 15 anos de idade, iniciou a década de devoção ao jeans. A atriz, na época, estava no auge de sua carreira em função do sucesso no filme Lagoa Azul, outra suposta usurpação de Hollywood da beldade do corpo jovial de Brooke, que posteriormente foi confessado ter sido usado dublê, mas não sem ter deixado de arrancar providências de moralistas em tribunais de infância e adolescência.
No mesmo ano fizera ela amizade com o também filho de casamento desfeito, pais controladores e outras similaridades com a vida de Brooke, Michael Jackson,
durante uma festa de entrega de Oscar. Amizade que também mais tarde alegam alguns ter sido confessado ter rolado um namoro entre as estrelas precoces.
No comercial para a TV, a atriz americana faz beicinho para a câmera, suas pernas compridas vestidas com jeans justos escuros, e afirma provocativamente que nada se interpunha entre ela e seus Calvins. O próprio estilista americano dono da marca declarou: “Jeans são sexo. Quanto mais apertados eles são, melhor eles vendem”. Além de reforçar o jeans como roupa de lazer, o apelo à sensualidade e ao corpo jovem acentuado nas campanhas de jeans virou benchmark. De tão provocativa, a campanha foi proibida pelos canais ABC e CBS em Nova York.
Em 1981, ainda menor de idade, Brooke Shields continuou sendo propagada por Hollywood como uma fruta sensual cujo suco se ambicia extrair até a última gota. Veio a ela então o papel de Jade Butterfield no filme de Franco Zeffirelli, “Endless Love” (Amor sem fim). Tom Cruise faz um papel bastante pequeno neste filme. A canção homônima, “Endless love”, interpretada por Diana Ross e Lionel Richie, sobressaiu ao filme.
Em 1982 ela voltou a estar ao lado de Pelé e também do ex-presidente da União Soviética Mikhail Gorbachev, o homem da “perestroika”, no Japão em uma comitiva que foi visitar o primeiro-ministro japonês, Zenko Suzuki.
Um ano mais tarde, 1983, atingindo finalmente a maioridade, a modelo faria fotos ao lado do surfista e modelo Laird Hamilton para a revista masculina italiana L'Uomo Vogue
e em dezembro o seu primeiro filme como maior de idade, “Sahara”, de Andrew McLaglen.
Neste mesmo ano, no Brasil, durante a exibição do filme “E o vento levou”, de 1939, no formato minissérie de três capítulos, a Rede Globo veiculou um comercial de TV da Calvin Klein que prestigiava o vagabundo. O CONAR, Conselho Nacional de Autorregulamentação da Publicidade, órgão que regulamentava a publicidade na ocasião, proibiu a veiculação, mas, um tempo depois retirou a proibição.
Brooke seguiu ativa no show-business. Teria namorado John Travolta em 1981, rumores diziam que uma jogada de marketing,
e o cantor George Michael em 1985.
O príncipe Albert de Mônaco teria sido uma dessas paqueras com famosos. Os filmes “Amor sem fim” passou a marcar presença nos finais de ano no SBT e “A lagoa azul” viraram clássico de reprises, tanto na Globo quanto no SBT.
Calvin foi o primeiro estilista a colocar o jeans na passarela, em uma atitude provocativa aos mais conservadores e ao próprio mundo da moda. Mesmo assim foi seguido pelos demais estilistas da época e o jeans definitivamente conquistou espaço na sociedade como um acessório de moda graças ao seu gênio radical.
Propaganda da Calvin Klein na Revista Bizz número 048.
Chamada para a Semana Calvin Klein na TV Globo.
PLAYLIST DE VÍDEOS DA EDIÇÃO:
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FONTES REGULARES:
https://www.youtube.com/
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Wikipedia
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