quinta-feira, 1 de maio de 2014

A gente não sabemos escolher presidente (Pt.2)





Olha, muito obrigado pelo sucesso da parte 1 desta série. Vamos que vamos fazer melhor ainda e quem sabe ajudar a escolher um presidente menos ruinzinho. Um presidente bom seria utopia, a gente sabe.


Todo eleitor que se preze deve procurar saber sobre a história do seu país para decidir o seu voto. Deve tentar localizar os políticos e partidos históricos e seus feitos para fazer seu filtro tendo como insumo para filtragem o leque de candidatos para a eleição a advir. Ainda é possível encontrar nela nomes que foram influentes e fizeram bons ou maus trabalhos na história política do país, valendo o mesmo para as legendas partidárias. Só nisso já se pode saber em quem confiar ou não.

Entretanto, pesquisar a história não é tão simples assim. Há bastante controvérsia no que é chamado de registro oficial. O que está nos livros e que é dado na grade escolar ou usado como referência para se concluir qualquer coisa que se relacione com um assunto registrado nos mecanismos oficiais costuma ser instrumento de desinformação. E que é tido como a verdade dos fatos. Para cada verdade existem números de versões que contestam e que corroboram contando de uma forma que pode ser comprometedor estar esquecido algum detalhe. Ao que é contrário demais  é dado o apelido de "teoria da conspiração" e costuma ser visto como a verdade combatida, desviada da atenção dos demais por ocasionar perigo do tipo ameaça de poder da elite oculta ou de conspiradores. A elite que registra os fatos e que está por trás de todos os governos.

No entanto, o advento da internet pôs um basta nisso. Hoje em dia ninguém depende somente da via única dos livros ou dos diários para estar informado. Fica desinformado quem quer, pois, não esperavam por isso, mas a internet reúne tanto quem oficializa informações quanto quem possui de alguma forma dados verdadeiros sobre diversos assuntos e os compartilha da forma que pode. Vai do pesquisador saber encontrá-los, distingui-los, testá-los e tirar sua própria conclusão. E uma coisa seríssima deve ser observada: sempre confrontar todas ou o máximo possível do que é revelado nas mensagens com a experiência própria de vida. Como eu disse na outra postagem que faço, o tet a tet, o empirismo.

Exemplo: Um dado diz que no Governo Médici o país tinha emprego e que foi o melhor até os nossos dias. Para verificar isso uso minha memória: nesse governo eu era uma criança, mas já podia perceber algumas coisas como ver sempre meus país irem para o trabalho e deixarem eu e meus irmãos com uma babá. Posso concluir com isso que eles tinham emprego e podiam pagar uma babá. Daí, choco essa informação com os governos seguintes e verifico se meus pais puderam fazer o mesmo neles ou se quando passou a ser a minha vez de precisar de emprego ou de pagar babá eu pude contar com isso. Ponto para o informante que difundiu esse dado à favor do Governo Médici se eu puder constatar que sim, como é o caso, e inserção na lista negra de historiadores ou de publicaçãoões caso eu tivesse constatado que não. Para que aqueles cuja experiência de vida não retrocede até esse período não fiquem tão dependentes dos registros oficiais e vulneráveis à desinformação e controle do seu modo de pensar, é bom recorrer aos parentes ou amigos mais antigos e investigar o que dizem a respeito de seus cotidianos. Ou então ter habilidade de encontrar nas entrelinhas da informação oficial ou em informações de outros registros, relevantes ou não, algo que se destaque como autenticador ou desabonador de um relato. Uma ilustração de como pode ser isso: Em um livro está registrado que a inflação em determinado momento estava controlada, a fim de levar a crer que aquela administração fazendária era eficiente. Catálogos de preços ou até mesmo jornais e panfletos com ofertas de determinada loja em edições que destacam dois meses consecutivos da época em questão podem comprovar se o relato procede. Não é difícil de encontrar materiais que registram propagandas antigas na internet. Tem gente que tem gosto por registrar, guarda e compartilha material. A arqueologia social em conjunto com a capacidade de análise de confrontos de informações cuida de elucidar um problema.

Para entender esse processo, visite a versão do site Brasil Escola para o governo mencionado, clique aqui, que é a que está nos livros e a mesma que a Wikipedia sugere. Visite também o vídeo com um depoimento do professor Olavo de Carvalho sobre o mesmo período, clique aqui. O intelectual faz importantes e notáveis revelações tanto sobre o Governo Medici quanto sobre o chamado Golpe Militar de 1964, baseado em sua capacidade de analisar e construir argumentos que descrevem uma visão ampla sobre algum fato. Muito do que o professor Olavo de Carvalho diz ele baseia em sua experiência de vida e ele é humilde o suficiente para perceber erros em suas impressões e hábil para redimi-los. O depoimento reflete sobre o tal golpe, passa pelos governos militares, pela transição democrática e chega até os dias de opressão à jornalista do SBT, Rachel Sheherazade, e a farra do PT no Congresso Nacional. Simplesmente imperdível ter consciência de todos esses argumentos.

O GOLPE DE 1964

E por falar no Golpe Militar de 1964, volto a linha de raciocínio desta postagem. Este ano, 2014, fez em 31 de março cinquenta anos passados desde sua ocorrência e isso foi assunto durante um bom tempo deste dia para cá. E a consciência política para se efetuar um voto nas eleições do final deste ano incide se informar sobre o período da história brasileira que vai de 1964 até os dias atuais. É muito texto para se analisar, mas eu gostaria de ajudá-lo deixando links que considero importantes para avaliar o nascimento do novo Brasil político, que é datado a partir do golpe. É bom refletir sobre todas as teorias e construir a própria opinião.

Conheça a versão engessada, com toque de reformulação, do Golpe Militar de 1964
http://pt.wikipedia.org/wiki/Golpe_de_Estado_no_Brasil_em_1964

IMPERDÍVEL: A versão evitada, que coloca a maçonaria como um dos principais mentores da situação.
http://www.rodrigoenok.blog.br/2014/02/o-golpe-de-estado-de-1964-e-influencia.html

Jamais deixe de verificar a opinião do Olavo de Carvalho, que explica bem o porquê de questionar-se o trabalho dos historiadores ou dos formadores de opinião, o que nos obriga a ter cuidado e usar nossa própria experiência e capacidade de análise para construir nosso pensar. O depoimento também faz refletir sobre a presença da KGB no controle da história política brasileira desde os anos 1950 e que explica muito os laços e autoritarismo do PT na atual democracia brasileira, que pode muito bem ir por água a baixo. Essa informação você não vai encontrar fácil por aí e é derradeira. Boas reflexões para você e continue nos acompanhando, temos muito o que informar.E não se preocupe com a falta de vínculo com o conceito deste blog, sei que você procurava por besteiras, mas pense: se você analisar todo o material indicado, principalmente os textos de acusação conspiratória, verá que estamos enfiando besteiras na sua cabeça. Besteira da boa.Vê lá o que vai fazer com elas! Tchau! 

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