Quando a internet começou a ser usada, realmente havia oportunidade para que o anônimo aparecesse. Era possível criar sites sobre os mais variados assuntos e receber visitas em massa sem muito esforço. Era divulgar o URL entre os amigos e estes, além de realmente cooperarem e acessarem, eram suficientes para influenciar milhares a ver o conteúdo.
Era possível enviar e-mails sem restrição de quantidade de envio e eles realmente chegavam ao destino. E na caixa de entrada. Os radares de busca listavam o seu URL, no topo da fila, sem se pagar nada para o radar, se ele fosse o mais apropriado para encabeçar a lista ou estar nas primeiras posições do resultado de uma pesquisa.
Quando o Youtube surgiu e obviamente não tinha o atual grau de corporativismo, anônimos reais ajudaram o servidor de vídeos a crescer, levando milhões de internautas a acessarem os seus vídeos, a maioria contendo menos de 5 minutos e propagando um besteirol sem qualquer senso. E quem acessava o besteirol não se importava com o que via, pois, era o que todo o mundo estava fazendo.
Vários anônimos ganharam notoriedade na internet. E puderam fazer dinheiro com o estrelato, que naquela época não era tão efêmero, como é hoje até com quem paga os mecanismos de busca, o Youtube, os hospedeiros de blogs ou as redes sociais para aparecer.
Naquela época os contadores de visitas não eram enchidos arbitrariamente e os serviços que informavam a seus clientes a quantidade de visitantes que uma publicação recebeu o faziam honestamente, sem querer fazer parecer que o cliente pode ampliar a visitação efetuando um "pequeno investimento ao servidor", que pequeno só é na teoria que usam para explicar como é que se vai pagar. Se é para o cliente pagar, aí, sim, os contadores de cliques nos links dele funcionam direitinho!
Não vale a pena mesmo o investimento em popularização feito à esses serviços, pois, é muito grande o nível de automação e de manobras com que os veículos de ancoragem de conteúdo se valem para fazer parecer popular, bem visualizado e reagido com curtidas, comentários e compartilhamentos as publicações e justificar o investimento.
E quando o servidor possui programa de monetização, ou seja: o usuário pode ganhar dinheiro com as visitações que recebe, essas manobras são ainda mais nítidas. Parece que o servidor joga contra ele próprio, mas não é o que acontece. Primeiro porque para participar dos programas o usuário passa pela fase em que ele é que faz pagamentos ao serviço.
Depois, ele tem que seguir certas regras para ter seu material monetizado. As regras satisfazem às necessidades dos patrocinadores que vão colocar anúncio associado ao material. Tanto no quesito qualidade do próprio, quanto ao tipo de conteúdo veiculado. Acaba que o produtor tem que falar, pianinho, sobre o que não quer. Ou seja: liberdade nenhuma para quem quer na verdade é se expressar ou até mesmo fazer denúncias.
Uma vez aceito o patrocínio, os patrocinadores destinam grana suficiente para o provedor de hospedagem de conteúdo tirar seu lucro e ainda pagar a monetização ao usuário. Quem sai enganado no caso é o patrocinador porque paga por visualização que às vezes nem acontece. E eu acho é pouco eles tomarem esse cano, pois, na verdade é o grande opressor que impede a humanidade de se tornar ciente de uma pá de assuntos que pode levá-la a gozar da mesma existência farta de prazeres que ele goza enquanto a plebe se diverte com besteiróis ou desinformação.
E olha que há muito tempo o besteirol deixou de ser o padrão de interesse do internauta. E muitos de nós temos postado conteúdo valioso, que pode mudar para muito melhor a vida de quem o acessa. Tem blogueiro e Youtuber, pra se ter uma idéia, que põem à disposição segredos de Estado ou de sociedades secretas e as pessoas, muitas delas "interessadíssimas" por conteúdo desse tipo, passam despercebidas e perdem a oportunidade de se informar deles.
Tá certo que nesses casos o próprio serviço inibe de serem vistos esses materiais. Por vezes tira do ar em tempo relâmpago, usando para isso mecanismos de inteligência artificial para fazer a leitura e interpretação do material, pelo menos o suficiente para apontar a necessidade de o remeter à análise de um especialista humano. A censura na internet é muito maior do que em qualquer outro campo. Isto, é claro, não foi assim nos primeiros anos da rede mundial de computadores.
Afinal, esses supostos canais de comunicação fazem parte ou trabalham para os estados e para os poderosos do planeta, que são os que se reúnem nessas sociedades secretas. Mas, dá para furar o bloqueio se o internauta tiver a informação de que materiais com conteúdo valioso são postados e quiser acessá-los.
Para garantir esse controle, hoje a internet diminuiu bastante de tamanho. Ainda existe número de sites impossível de todos eles serem acessados até mesmo mensalmente pelo menos uma vez. Mas, conseguiram concentrar todos os internautas em poucos deles. Qualquer um de nós pode avaliar pelo seu próprio costume de visitação na internet.
É o servidor de e-mail (não à toa os peculiares como o Gmail e o Hotmail); perfis de rede social, mais precisamente o Facebook e hoje também o Instagram; e o radar de busca Google, que manobra para que o que for pesquisado nele vá levar o pesquisador a um veículo de informação que paga o radar, cuja aprovação prévia garante que nele não se vá receber informação protegida.
No máximo, o radar conduz o pesquisador ao blog de um blogueiro autorizado, geralmente do Blogger ou do Wordpress, cuja autorização para ter seu conteúdo visitado se dá porque a hospedagem no serviço é paga e a triagem do conteúdo é aprovada.
O que quero dizer com isso, é que observando a visitação e as reações dos conteúdos que disponibilizamos ao público, nós produtores de conteúdo anônimos, que não possuímos um nome para que uma pequena publicidade feita num canal fora da internet seja suficiente para levar milhares de pessoas ao que postamos, temos impressão - e certeza - de estarmos a plantar grama no deserto. Os números de visitas que os mecanismos nos dão são parcos. E os de reações de quem visita os posts são mais parcos ainda.
Não se pode sequer colocar na postagem pouco visitada que publicamos links para materiais nossos que vendemos para ganhar o pão. Postagens na qual coloco links para compra de meus livros são as que menos recebem visitantes. Ou pelo menos é isso que informam.
Fazer publicidade nas redes sociais colocando no mural delas links para as postagens é inútil. É um conglomerado e essas redes também estão instruídas a inibir o clique nos links. Elas também possuem mecanismos de inteligência artificial para isso. Quando vemos curtidas nelas dentro da rede social, o mais provável é de se tratar de curtida automática, dada por robôs, pra fazer parecer que você deve continuar a usar a rede, mas, que deve mudar seu foco ou fazer investimento na rede para aumentar seu retorno de adesões.
Sendo assim, em vez de eu me frustrar ao ver o número de visitantes dos vídeos que posto no Youtube (mesmo os que tratam de besteiras) ou das postagens que posto nos blogs, prefiro parar de postar. Anuncio aos poucos que acessarão esta postagem que estou em busca de um meio novo de expressar minhas ideias e projetos que se destinam ao coletivo sempre beneficamente. Aí, sim, darei sequência ao "Viver bem é muito fácil", "Para presidente: Paulo Guedes", "Viagem de jeans pela década de 1980". E coisas novas que eu tiver para discorrer.
Só não sei como farei para divulgar o meio, caso eu o encontrar, pois, até mesmo envio de e-mail é cerceado hoje em dia. Que a força esteja conosco!
2 comentários:
Olá! Achei muito interessante a leitura. Estava a procura de ver os meninos da rua Alvatroz
As postagens referindo ao livro migraram para o endereço:
https://sociedadealbatroz.blogspot.com/
Obrigado por comentar!
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