terça-feira, 29 de junho de 2021

Viver bem é muito fácil: Desprender de valores impostos

Quem durante um tempo da vida teve oportunidade de conhecer o estilo de vida rural ou pelo menos o vivido pelas pessoas das periferias dos grandes centros urbanos nas décadas de 1980 e anteriores pôde observar no próprio terreiro de casa ou nos quintais vizinhos ou de todo o bairro criações de galinhas.

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Para as galinhas eram construídos galinheiros. A maior parte do dia, elas ficavam dentro da construção a viver seu cotidiano de andar para lá e para cá cocoricando e batendo asas. Botavam ovos e logo que escurecia subiam para o poleiro, que é onde dormem.

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E havia em todas as casas onde construíam desses estabelecimentos uma grande parte do imóvel mantida em terra crua. Era onde as aves perambulavam por um período a partir de determinada hora do dia. O terreno ficava sempre limpo, de tanto as galinhas ciscarem, pois, elas retiravam do solo tudo quanto era folha de planta que encontravam.

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Se podia observar as galinhas com pintinhos recém-nascidos educando seus filhotes. Ensinavam a eles a bicar o solo em busca das folhas de grama. A encontrar a vasilha com água. A esquivar-se de ser apanhado por alguém da casa que quisesse pegá-los.

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Exceto sair de dentro do galinheiro para passar um tempo no quintal e voltar para ele, ter a vasilha de água enchida e milhos distribuídos pelo chão da instalação para que as poedeiras, os filhotes e o galo se alimentem, todo o resto dessa rotina acontece sem a intervenção humana.

Os animais irracionais não se preocupam com outras coisas que não as que incondicionalmente suportam a sua existência, como se alimentar, hidratar e dormir. Nem mesmo o tempo gasto com perambulações eles gastam com atenção plena no fato ou atribuindo algum julgamento. As decisões que tomam acontecem intuitivamente. 

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Eles não dão importância a coisas como ser ou não ser bonito; ser mais fácil de se executar uma tarefa ainda que fundamental; ter um cônjugue exclusivo para amaziar-se, receber carinho, trocar palavras agradáveis que massageiam o ego, praticar sexo. 

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Até mesmo ter filhotes acontece naturalmente, os outros animais não julgam se é necessário tê-los ou não. Sequer preocupam quanto a preservar a espécie. A natureza é que toma por eles todas essas decisões e os tocam a intuição. Embora não se ocupem com contemplação de alguma arte, leitura, atividade complexa de lazer, eles são como atores num palco desempenhando o papel lhes dado pelo escritor e diretor de uma peça teatral, desempenhados os cargos pela natureza.


Voltemos agora ao homem primitivo. Em nada ele se diferenciava dos outros animais viventes de sociedades. Sua capacidade intelectual no início era equivalente às dos irracionais. E seu tempo de viver era vivido essencialmente realizando atividades indispensáveis à sua sobrevivência.

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Porém, seu intelecto evoluiu, tornando o Homem capaz de observar a realidade, de modo a analisá-la e a se encher de curiosidade. Ao ponto de chegar um dia a ser capaz de explicar a si mesmo ou de contar a própria história e a do mundo onde vive. Daí complexou-se todo o resto.

Desenvolvendo sua forma de analisar seu arredor, a ideia de beleza se descortinou para o Homem. E ele começou a ver beleza e feiura em tudo. E a classificar as coisas e seres conforme o que percebia, atribuindo valores por si próprio ou de acordo com a instrução que recebia, inicialmente apenas dos mais velhos da tribo, não só dos pais. Assim, outras dualidades e atribuições ele fecundou.

O hermetismo fala sobre polaridade, sobre tudo ter um oposto. Mas, só quem tem consciência da do tipo que tem o humano é capaz de julgar essa polaridade. E até precisa disso para medir e interagir com o mundo. Para os outros animais não existem em suas mentes essas polaridades. As medições necessárias, como a que distingue um terreno transponível de um buraco, lhe ocorre naturalmente. A natureza, então, seria uma espécie de consciência universal não atrelada a um corpo físico de reinos e espécies distintos, que age por conta própria quando o ser não é muito independente intelectualmente.


Muita romantização, poetização e conceitos de ética foram brotando na mente humana. E com isso, valores morais foram sendo inseridos em seu cotidiano de vida social, tornando o Homem mais independente do Cosmos, mas, afastando a espécie cada vez mais da sua natureza e das providências automáticas e infalíveis dela.

Porque a virtude da beleza, por exemplo, seduz, o Homem, que já havia desenvolvido roupas como equipamento para proteger-se do clima, viu ele nestas uma opção para esconder o corpo e evitar casualidades como, por exemplo, atentados ao pudor.

E da mesma forma vieram todos os outros valores que a maioria das sociedades humanas até hoje em dia conserva, bem como as preocupações e sentimentos de frustração por não estar a arcar com algum desses valores.

Constituir família; praticar somente sexo para obter orgasmo, reprimindo o auto-toque íntimo; namorar, noivar, casar, viver junto com alguém do sexo oposto ou não; se manter belo, bem aparentado, ao se exibir em público; ter filhos. Isso tudo são preocupações inatas do ser humano. Nada disso é elementar para ele gozar sua existência.

Assim como não é para os outros animais e os vemos na mesma condição, ainda hoje, a realizar seus ciclos. Sem problemas que já não lida com eles, sem estresse e sem mudança de humor. Mudar esse funcionamento automático da vida, arraigar no inconsciente que os valores que carrega consigo são inexoráveis, não foi bom para a humanidade. São fatores de infelicidade. E quando deixamos que a não incidência dessas instituições em nossas vidas as abalem, estamos atendendo a terceiros e não a nós mesmos.

É o líder religioso que precisa que se pense que religião é importante, que se acredite em divindades e que se espere por uma salvação que nem mesmo se sabe do que se é salvo. São as instituições políticas, bélicas, religiosas, corporativas, acadêmicas que precisam que a ideia de família seja mantida, que as mulheres queiram ser mães e concebam filhos. Pelo simples fato de que farão as proles parte das engrenagens do Sistema e manterão as rodas girando.

São essas instituições que se beneficiam do sentimento materno que elas mesmas adoram romantizar, poetizar, com o fim de manter a chama acesa. E também o contingente populacional necessário para dar suporte e continuação às sociedades humanas. Vão para essas instituições: eleitores, soldados, fiéis, trabalhadores, escolares e, sobretudo, consumidores. E os governos se justificam administrando toda essa gente e instituições.

Então, se você se flagela por não conhecer ou ter frequente oportunidade de praticar sexo: lembre-se que a natureza fez o orgasmo como uma atividade do seu corpo, para alcançá-lo você não precisa de ninguém, pode conseguir sozinho. É para você não deixar de se importar com sexo por poder se masturbar, coisa que compromete a produção de pessoas para fazer rodar a engrenagem do sistema, que marginalizam a prática e colocam na cabeça das pessoas que se tem que namorar, casar, procriar. Enfiam na cabeça da gente que felicidade é isso e que devemos buscar por ela.

E felicidade são momentos e não algo que se alcance e que uma vez alcançado, provavelmente por ter se conseguido ticar todos os "deveres" e "feitos" doutrinados, se será para sempre feliz.

Namorar, praticar sexo, viver a dois, ter filhos são apenas momentos felizes. Mas não é a Felicidade personificada e nem tampouco eventos insubstituíveis. Se substitui, sim, inclusive por opções a que se possa chegar individualmente a elas. Sem a participação de qualquer outro.

Se você se flagela ou se reprime por qualquer outra coisa além das mencionadas como exemplo, verifique se o que te perturba é algo que você realizaria incondicionalmente se ainda vivêssemos como o homem primitivo. Caso não seja, pare de perseguir isso, pare de produzir o próprio sofrimento e pare de querer dar satisfação para terceiros e pôr sua vida nas mãos deles. Seja dono da sua vida!

E ademais, quando você se desfaz da tormenta de arcar com deveres lhe impostos ou de desejar algo lhe ensinado e que lhe traz curiosidade por experimentar, você se solta. E é dando de mão da ansiedade que a obsessão traz, ou seja: se soltando, é que se consegue entrar em estado de bem-estar, que faz com que se sintonize com o fluxo de energia positiva abundante no éter e essencial para a materialização de qualquer experiência que desejamos experimentar.

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Paz profunda! Vida longa e próspera!

2 comentários:

Unknown disse...

Muito bom é por isso que vou ao sítio constantemente.

Unknown disse...

no tempo de hoje que vivemos em 2021 as pessoas tanto com mais idade ou ate mesmo : animais domesticos ,plantas comestiveis e de enfeite( jardim), nao precisamos dizer isto e de roça,tudo isto nos humanos precisamos pra viver na alimentaçao ,e no convivio de vida humana ,o universo faz parte da humanidade o problema de ser humano e a IGNORANCIA SOBERBA EGOISMO ,que leva a transcredir o respeito do convivio humano e animal e natureza