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A mente humana é uma ferramenta para o humano usar. Muitos de nós tem aquela impressão de que a mente possui autonomia e que está fora do corpo físico. Ainda mais que muitos dos pensamentos que ela produz não gostaríamos de tê-los. Uns pensam que não somos donos da mente que temos. É ela então quem os usam. Outros sabem que somos donos dela sim. Porém, a mente não é o que somos. O eu verdadeiro está fora dela e também do corpo físico, controlando os dois.
A verdade é que todos esses pensamentos indesejáveis somos nós mesmos que influenciamos a mente a constituí-los. Durante anos e anos somos influenciados, pelas experiências que temos, a dar forma a esses pensamentos e, natural e incondicionalmente, os armazenamos.
Como fazemos com os arquivos de computador que criamos e mesmo sem utilidade póstuma não apagamos. Para algum lugar na memória da máquina eles têm que ir. E quando situações que condicionam o aparecimento deles acontecem, eis que voltamos a ter contato com eles.
A mesma coisa são com os pensamentos. Por exemplo, assistimos a filmes de terror, ficamos impressionados com alguma cena, nos assustamos, repudiamos a cena para o caso de termos que vivê-la na realidade, mas, nada fazemos para apagar as impressões. Elas acabam guardadas em nossa memória. E quando nos deparamos real ou virtualmente com situações similares à cena repudiada, eis que vem à superfície da mente a sugestão de experiência que tanto gostaríamos que não surgisse. E se nada fizermos para que ela não se materialize, se não evitarmos que nos emocione fortemente aquele pensamento, dizendo coisas como “cancela” ou “nada errado, tudo certo”, ou desenhando mentalmente um escudo, nas palavras dos religiosos: “traremos a desgraça para casa” ou “daremos corda para o demônio”.
O tempo todo estamos pensando em alguma coisa. A mente é a canalizadora, decodificadora e geradora de imagens desses pensamentos. A interação que inevitavelmente temos que fazer com o meio é responsável pela maior parte do que pensamos. A necessidade de tomada de decisão é o principal motivo.
O ambiente físico é todo feito de vibrações. O tempo todo estamos vibrando. E também as outras coisas, pessoas e demais seres vivos vibram incessantemente. A comunicação universal é a vibração. Quer queira, quer não, quer saibamos ou não, a mente constantemente recebe essas vibrações e as traduz. E forma os pensamentos que temos, que tem vez que não vemos qualquer sentido em estar pensando em certa ação.
Isso só ocorre quando não estamos atentos ao presente, ao ínfimo momento atual. Essa coisa que chamam de atenção plena. Porque quando estamos inteiramente atentos, focados em tudo ao redor e sem efetuar medições ou julgamentos, a mente não forma imagem. Ela não precisa formar imagem ou decodificar a vibração que está captando para que possamos compreender o que a está influenciando.
A mente é como se fosse o monitor de vídeo do computador que um ente superior controla. As imagens que ela forma. Em vez de impulsos elétricos ligando diodos no interior de uma placa de circuito integrado, as vibrações que ela capta do meio exterior é que dão origem a impulsos elétricos que combinam dendritos e formam sinapses cerebrais. Quanto mais raciocínio, mais compreensão, mais sinapses, mais nítida a imagem que a mente forma, maior a capacidade de conversão da imagem em matéria.
Para isso, temos que estar treinados a não produzir julgamentos. Ou seja: se pôr totalmente em controle remoto. Deixar que o inconsciente nos conduza pelas estradas, sem se preocupar com diferença de tonalidade de cores, se está por vir um aclive ou um declive, se passou por nós um homem alto, que talvez pudesse ser alguém conhecido, ou uma mulher de baixa estatura, que teria sido grossa.
A gente tem momentos assim quando estamos indo para algum lugar que conhecemos o caminho de cor e salteado e estamos absortos em pensamentos ou apressados. Quando dá hora de virar à direita a gente vira; se o semáforo nos acende a luz vermelha paramos; voltamos a andar quando se torna verde pra gente.
Muitos de nós nesta situação faz uso da outra faculdade da mente: produzir pensamentos que nascem do íntimo. Muitos desses são algumas vezes chamados de inspirações. Neste caso, a influência pode estar vindo do éter, de uma região mais próxima do sobrenatural, que toca o espiritual. E muitos desses pensares são recordações. Às vezes, recordações são desencadeadas pelo contato no meio físico com algo que as recobram. Mas o que imaginamos estimulados por inspirações pode também se transformar, efemeramente, em recordação, se pertinente.
Nunca tive sorte de encontrar texto científico sobre a mente humana que me empolgasse o raciocínio para eu dar meu aval de quem entendeu claramente o proposto. O que já ouvi falar ou já li é de ser o meio-ambiente, incluindo a comunicação com os outros, o causador das imagens mentais, além dos processos cognitivos, que se referem aos momentos em que na mente vão parar análises e formulações tanto de pensamentos, quanto de palavras. Tornando a mente bem a cara de ser uma ferramenta que usamos para interagir com o mundo material.
Que tudo que viemos a experimentar materialmente passa primeiro pela mente é hipótese defendida pelos cientistas da mecânica quântica. Os da ciência convencional – particularmente o pessoal de psicologia – aceitam que tudo que o homem constrói ou já construiu passa ou se passou pela mente dele antes de vir ao mundo.
E aqueles, os quânticos, também defendem que a realidade que experimentamos é fruto da observação que fazemos. Que tudo existe em todos os estados possíveis e que é a observação que as mentes fazem que decide, no momento de observar, a probabilidade selecionada ou aquilo que se suceder. Surgindo, então, um vórtex veloz e etéreo, que causaria o que chamam de colapso quântico. E a coisa sai do mundo imaginário para ganhar luz no tridimensional geográfico. Esse pessoal menciona também o emaranhado quântico, que descreve a crença de que a mente não passaria de uma força e que todas as mentes estão ligadas, inclusive a universal, que seria a que move tudo, inclusive os astros no céu. O caos no universo seria o resultado da atividade incessante das mentes emaranhadas.
Foi lendo o ótimo livro “A cabala mística” da Dion Fortune que entrei em contato com uma intrigante teoria sobre a evolução dos seres vivos que conservam os ocultistas. Conforme o livro, o homem primitivo teve que aprender que o que ele imaginava e o que experimentava realmente eram eventos separados. Sua mente era vazia, sobretudo de pensamentos inatos, que praticamente não tinha. Carregava pra ela somente imagens formadas pela sua interação com o meio. Se ele tivesse algo como uma alucinação, ele não diferenciava do que via realmente. Ver o horizonte a céu aberto era o que seria a consciência habitual; com a cabeça afundada na água era para ele um outro estado de percepção.
As surpresas com que se deparava, como tentar apanhar no ar um vulto ou um raio de luz, os efeitos de pareidolia nas paredes das cavernas, foram aos poucos virando aprendizado e sendo catalogado instintamente. A voz interior foi sendo diferenciada dos ruídos externos. E até as imagens que viam nos espelhos d'água, ou seja o reflexo de si e de outras coisas, bem como as sombras de si próprio e dos objetos, tiveram que ser classificados para que pudessem interagir sem choque com o mundo.
Para os ocultistas, os sonhos foram responsáveis por trazer muitas respostas para perguntas e soluções para problemas que os primitivos buscavam durante o estado pleno de vigília. E parece que ainda é assim para o homem. E para os animais que demonstram também sonhar – e até a ter pesadelos –, como os cães.
Dizem os neurolinguistas que a mente atrai as experiências que vivemos. Se é verdade que a mente canaliza as vibrações vizinhas, oriundas de pessoas, objetos e eventos, latentes ou não, decodificando e formando imagens mentais para se comunicar com o pensante e dizer -lhe o que ela está canalizando, não há a menor dúvida de que seja assim mesmo. Mesmo porque, se observamos cada instante que deixamos para trás o que aconteceu foi isso. E achamos que os pensamentos que tivemos ocorreram por se relacionar com o acontecimento ocasionado. Mas, no fundo é como se uma pessoa sentisse fome e materializasse uma pizza de queijo e calabresa por serem os ingredientes disponíveis ao redor para ele cozinhar.
Antes eu vivia um paradoxo tendo essa crença de que a mente atrai o que pensa: “estou atraindo ou pressentindo o que materializo”. Hoje sei que não existe premonição. Ninguém pressente qualquer coisa. Ninguém prevê o futuro, exceto aquilo que é calculável, como a rota de um meteoro por exemplo; se vai chover ou se vai dar sol. Mesmo essas coisas são probabilidades.
A mente pode ser sugerida. Pode desenvolver sinapses cerebrais compatíveis com determinados pensamentos. Sugestões que podem sair de terceiros, como é o mais normal. Mas também nós mesmos podemos dar sugestões para a própria mente. Logo, se ela tem a capacidade de formar as experiências que os seres mentais gozam, saber como sugestionar a mente é o segredo da bonança, da vida repleta de boas experiências. E por que não dizer: o segredo da prosperidade?
Para ter boas ideias, então, é só ir para onde se possa encontrar o mais possível de elementos agradáveis para a mente usar após canalizações dela própria ou sugestões que dermos. Lugar onde se está emitindo boas vibrações. Magnatas perambulando, carrões passando, o som de música bem agradável, cheiro de boa comida, um vento aliviante tocando o rosto. Sem dar chance para a mente se impressionar ou canalizar o que não traz benefício.
Emoções irão pintar e gerarão pensamentos positivos, que darão forma a sentimentos que farão o instante observado valer a atitude. E, ainda, se for um insight o que se foi buscar, a chance de sair do local com uma fórmula na cabeça ou uma coisa já materializada na mão será grande.
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Um comentário:
depois fala sobre a parte abstrata de emoçoes tipo coraçao,neste texto me lembra muito a emoçao sentimental
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